Enformando a validade várias facetas, obter-se-iam talvez melhores resultados, se todas elas fossem tomadas em consideração, mas tal não acontece, pois por vezes ao seguirmos uma, estamos a agir em detrimento de outra.
Assim podemos considerar os seguintes tipos de validade:
- A validade da tradução teórica ;
As proposições formuladas[1] para designar um fenómeno ou muito simplesmente, uma relação constituem uma teoria de referência. A fidelidade dessa tradução depende dos laços estabelecidos com a teoria (…).
- A validade interpreposicional;
A confrontação com os factos supõe que a formulação das proposições emanadas das teorias e das proposições decorrentes de levantamento de dados empíricos se encontrem numa relação unívoca e não em desfazamento.
- A validade do dispositivo da relação ao mundo empírico ;
O dispositivo de recolha de informações factuais opera uma selecção no tempo e no espaço sendo importante que a recolha seja exemplificativa.
- A validade dos indicadores, da medida e da sua instrumentação;
É preciso ter em atenção que para o levantamento das variáveis é necessário determinar os indicadores e que para tal se devem respeitar as qualidades metrológicas da instrumentação e escolher a escala de medida.
- A validade interna, externa e individual das conclusões.
Esta validade será facilitada, se a validade interproposicional for suficiente, se for a única compatível com os dados (validade interna), se permitir a generalização (validade externa) e finalmente pela exigência da validade individual que quando é respeitada, permite dizer que as conclusões traduzem os funcionamentos individuais.
Fonte: HADJI, Charles; BAILLÉ, Jacques (orgs.) (1998) Investigação e Educação Para uma “nova aliança”. Porto: Porto Editora.
[1] As proposições podem ser formuladas em termos de variáveis dependentes e de variáveis independentes, daí colocarem-se problemas ao nível desta validade.
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